sábado, 27 de novembro de 2010


Como qualquer outro profissional, os docentes estão sujeitos a doenças ocupacionais, ou seja, causadas por conta do trabalho. Movimentos repetitivos (como apagar a lousa), manter o braço acima do ombro e ficar em pé por um longo período, atitude que pode acarretar doenças vasculares, são algumas das dificuldades que os professores obrigatoriamente enfrentam no dia-a-dia.

De uma sala de aula para outra, depois de um pequeno intervalo de 20 minutos. Provas para corrigir, atividades para preparar, matérias para explicar. São horas e horas em pé, falando para a classe ou inclinado sobre a mesa para elaborar a próxima aula.


SÍNDROME DE BURNOUT

A síndrome de burnout se identifica pelo estresse crônico vivenciado por profissionais que lidam de forma intensa e constante com as dificuldades e problemas, nas diversas situações de atendimento.
A síndrome se efetiva e se estabelece no estágio mais avançado do estresse, sendo notada primeiramente pelos colegas de trabalho, depois pelas pessoas atendidas pelo profissional e, em seu estágio mais avançado, pela própria pessoa quando então decide buscar ajuda profissional especializada.
Inicia-se com o desânimo e a desmotivação com o trabalho e pode culminar em doenças psicossomáticas, levando o profissional a faltas frequentes, afastamento temporário das funções e até à aposentadoria, por invalidez.
Os sinais e sintomas nos estágios iniciais da burnout são praticamente os mesmos do estresse e da depressão, mas ainda não está caracterizada a síndrome, pois esta só se efetiva nos estágios mais avançado da doença, apresentando características próprias que a diferencia de outras psicologias, tais como o estresse e a depressão. A divisão dos sinais e sintomas em quatro estágios facilita o entendimento da evolução da doença.
Os Sintomas podem ser físicos, exaustão e fadiga; psicológicos, quadro depressivo e irritabilidade; comportamentais, evita os alunos e fazer contato visual. E tem como consequências mais comuns a apatia ou cinismo nos diálogos, dificuldade em desempenhar papéis, diminuição dos contatos sociais, negligência nos cuidados pessoais, entre outros.
O diagnóstico da burnout só pode ser realizado por médico ou psicoterapeuta, levando em consideração as características peculiares das três dimensões da doença, a saber:
- O esgotamento emocional;
- A despersonalização, e;
- O envolvimento pessoal no trabalho.
Em geral, o profissional procede entrevista de anamnese, podendo ser complementado por aplicação de instrumentos próprios de avaliação que são questionários específicos de detecção da síndrome, também chamados de "inventário de burnout".
O tratamento adequado exige e depende da avaliação correta para diferenciar o quadro da burnout de outras psicalgias como estresse e depressão, por exemplo.


ASSÉDIO MORAL
O assédio moral caracteriza-se por ser uma conduta (seja por ação ou por omissão) abusiva e lesiva, praticada de forma repetitiva e prolongada. Tem natureza psicológica e interfere diretamente no ambiente do trabalho, minando a autoestima do trabalhador. O assédio moral atenta contra a dignidade moral, física e psíquica do trabalhador, expondo-o a situações de humilhação, isolamento e constrangimento. Em suma, ofende a dignidade, a personalidade ou a integridade psíquica do trabalhador.
A psiquiatra francesa Marie Frace Hirigoyen, na obra Mal Estar no Trabalho, definiu o assédio moral como:
"Qualquer conduta abusiva que atente, por sua repetição ou sistematização, contra a dignidade e integridade psíquica ou física de uma pessoa, ameaçando seu emprego, ou degradando o clima de trabalho".
"O assédio moral não se confunde com estresse, conflito profissional, excesso de trabalho, exigências no cumprimento de metas, falta de segurança, trabalho em situação de risco ou ergonomicamente desfavorável. Tudo isso não é assédio moral".



VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS

Agressão física e agressão moral são formas de violência. O termo violência pode ser empregado de várias maneiras, como violência política, violência moral, violência pessoal, violência presumida, violência imediata, violência mediata e assim por diante.